Poemas
Sem Amor, Eu Nada Seria
Leo Fonteviva - Feira de Santana - 21/09/2020
Faço tudo com amor
E sigo meu coração,
É o que dá sentido a vida
E da vida, uma boa lição.
Procuro fazer bem feito
E com o bem em sintonia.
Bem feito, nem sempre perfeito,
Mas sempre tem harmonia.
Faço tudo com amor,
É o amor que dá alegria
E como já disse São Paulo:
"Sem amor, eu nada seria!"
É o amor que transforma
Egoísmo em bondade,
Discórdia em união
E evolui a humanidade.
A empatia é de verdade
E tudo fica em harmonia,
Deixa a nossa energia
Sempre em alta qualidade.
Eu bem vivo o amor,
Amar me traz alegria.
E como já disse São Paulo:
" Sem amor, eu nada seria!"
Com o amor no coração
A gente só faz o bem,
Como um padre em oração,
Não olhamos nem à quem.
E quem é que não queria
Uma ajuda, um ombro amigo,
Qual anjo, sempre consigo,
Num momento de agonia?
Eu ajudo com amor,
Sou ajudado com alegria.
E como já disse São Paulo:
"Sem amor, eu nada seria!"
.Já nos reveses da vida
Sempre tiro alguma lição.
Às vezes é bem sofrida,
Em outras vezes, não é, não.
Com o amor próprio em sintonia
Procuro manter a calma,
Fortaleço a minha alma
E a dor analgesia.
Eu transformo o dissabor
Com amor e alegria.
E como já disse São Paulo:
"Sem amor, eu nada seria!"
Expressar a gratidão
Também é uma forma de amor,
Ao Guia que dá a mão,
Ao próximo, ao Criador.
Devemos manifestar
Na dor ou na euforia,
A sós ou em companhia,
Por mais um dia à raiar.
Agradeço com amor,
A graça vem com alegria.
E como já disse São Paulo:
"Sem amor, eu nada seria!"
Dos Espinhos as Flores
Leo Fonteviva - Feira de Santana - 09/10/2020
Quando na vida vem os dissabores
E reagimos pra suavizar a lida,
Transformamos espinhos em flores
E a felicidade se consolida.
Quando superamos os desamores
E as mágoas se vão em um rio corrente,
Transformamos espinhos em flores
E toda dor em um sol poente.
Quando no embate somos vencedores,
propondo a paz ao invés da luta,
Transformamos espinhos em flores
E gente bruta em gente batuta.
Quando do afeto somos doutores
E curamos uma relação doente,
Transformamos espinhos em flores.
É o amor, caminho transcendente.
Quando do bem somos provedores
E ajudamos sem olhar a quem,
Transformamos espinhos em flores,
Levando cores à vida de alguém.
Transformando Espinhos em Flores
Leo Fonteviva - Feira de Santana - 17/10/2020
Transformar espinhos em flores
não é tão difícil assim.
Pelo menos para mim,
Que onde passo, deixo olores.
Difícil, tenho consciência,
é a coragem para amar,
do orgulho, se desarmar,
ter com outrem complacência.
No entanto é primordial
se amar antes de tudo.
Isso é fato, não me iludo.
Consigo ser cordial.
Quem do amor é pertencido
é senhor do seu caminho,
pela vida tem carinho
e oferta o afeto adquirido.
Pra transformar espinho em flores
não precisa ser doutor,
mas ser mestre do amor
por onde passar, onde fores.
Gentileza Gera Gentileza
Leo Fonteviva - Feira de Santana - 13/11/2020
Chegamos e partimos de mãos vazias.
O que levamos é o que por aqui deixamos:
Afetos espalhados, risos causados, paz que semeamos
E o bem que fizemos todos os dias.
Se nem sempre tivemos alegrias,
Dessa vida temos uma certeza:
Com o amor em nossos corações,
Gentileza gera gentileza!
Pra quê a criticância?
Leo Fonteviva - Feira de Santana - 08/11/2020
No auge da minha ignorância
Quero entender sua prepotência,
Pra julgar com tanta pedância,
Pensando ter coerência.
Te falta é transparência
Ao imprimir vossa frustrância
Pra o que não tens competência.
Com essa sua conivência
Ao seu gosto ou consonância,
Criticas com displicência.
Ao que lhe tem divergência,
Também não tem relevância
E exalta a sua inconsistência.
Arte é transcendência.
Expressão de significância
A quem dela tem vivência
Pra quem lhe dá importância.
Ikebana em Metáfora
Leo Fonteviva - Feira de Santana - 19/11/2020
Se minha casa não tem jardim,
eu cultivo flores em mim.
E com afeto, vou adiante.
Vez em quando colho uma flor,
faço um arranjo com amor:
uma Ikebana radiante.
Essa arte tem fundamento:
tem que ter bom sentimento
pra ficar exuberante!
Xiquim Gigantim
Leo Fonteviva - Feira de Santana - 06/01/2021
Xiquim, você é um gigantim!
Um’alma grandiosa,
Num corpo miudim!
Xiquim,é um guitarristim!
E na Pedra Letícia
Nos deixa felizim!
Xiquim, artista completim,
Escreve, toca e canta,
É muito maneirim!
Xiquim, é fã do bitouzim.
E quando ouve o Paul
Fica todo alegrim!
Xiquim, você é bacanim,
Com generosidade
Acolhe os amiguim!
Xiquim, no diminutivim:
Não pra te apequenar,
É só puro carim!
Xiquim, você é nosso manim!
Um cara bem querido,
Um bem querer sem fim!
O Bom Cidadão
Leo Fonteviva - Salvador - 20/04/2007
O lixo, segundo o “Aurélio”
É o que se varre do chão;
Sujidade, sujeira (e o sujão);
É tudo aquilo que é velho.
Ainda, segundo o “Aurélio”,
Lixo é aquilo sem valor.
E se não tem mais valor,
Jogue fora sem besteira,
Mande logo pra lixeira,
Juntando com o apanhador.
Efusivo, jamais apático,
Agora sou eu quem vos digo:
Do planeta, eu sou seu amigo,
Nisso sou bem catedrático.
Tranqüilo e não-dramático,
Proponho uma solução:
Não jogue o lixo no chão,
Guarde consigo, ou na mala,
Aquele papel de bala,
Até achar um latão.
Mandar pra lixeira convém:
Lata de refrigerante,
O que não for degradante
E o degradante também.
Podemos ir mais além,
Escute bem o que eu falo:
Até o bandeide do calo
Merece sua atenção.
Se o soltou, guarde na mão,
Pra não causar um resvalo.
Lixeira pra quem desconhece
É aquele depositário
Que se joga o rebotalho,
Aquilo que se fenece.
Para quem não apetece
Jogar o lixo no chão
Tem minha admiração.
Por o lixo na lixeira
Mostra que tem estribeira,
Mostra boa educação.
Fazer bem a nossa parte,
Atitude costumeira,
Mostrando boa maneira
Pondo no cesto o descarte.
E o nosso mundo, destarte
Terá menos badameiro,
Veremos mais jardineiro
Florindo canteiro e praça,
Enchendo o mundo de graça,
Verdejante por inteiro!
Não jogue o lixo no chão,
Jogue o lixo na lixeira,
Vamos deixar de sujeira,
Chega de poluição!
Soneto Primeiro – Do amor verdadeiro
Para Tati, amada companheira.
Leo Fonteviva - Salvador - 27/03/2009
Eu não queria, você também não.
E nessa negação, nesse não querer,
Veio a vontade de se ter
De se amar, então.
Despretenciosamente, cheios de pretensão,
Querer, não se queria.
E o velho tempo (quem diria!)
Tratou de apressar esta linda união.
Hoje, longe do “amor-não!”
Sem medos, receios ou negação,
É fato que a gente se ama.
Um verdadeiro bem-querer,
Daqueles, bonitos de se ver,
Que até a Natureza Proclama!
Soneto Segundo – Homenagem
Para o meu avô João.
Leo Fonteviva - Salvador - 28/03/2009
Este soneto é o meu segundo.
Quisera eu que fosse o primeiro
Mas, veio o “Do Amor Verdadeiro”
E tomou-lhe o posto oriundo.
Este é o da inspiração primeira:
Homenagear o meu grão-genitor,
Que faz versos com tanto amor,
Sempre usando a palavra certeira.
Quero que saibas que sou seu fã.
Sua poesia me inspira – Élan!
Encorajou-me para sonetos escrever.
Enquanto o “Leveza do Soneto” eu lia
Minh’alma se enchia de alegria,
Deu vontade de abraçar você!
Soneto Terceiro – Confirmação
Leo Fonteviva - Salvador - 28/03/2009
Este soneto meu, o terceiro,
Confirmação de um dom herdado
Do meu avô, poeta verseiro.
Valia maior que tudo a mim dado.
Talvez, ao final da sua jornada,
Eu herde também alguns Reais.
Mas todo Real herdado vale pouco, ou nada,
Diante do dom que a mim ele traz.
“A partir de três é verdade!”
Diz uma Lei Natural. Destarte,
Com meu soneto terceiro,
Confirmo inabalável, seguro,
Qual homem ficando maduro,
Sou sonetista maneiro!
Suneto Caipira
Leo Fonteviva - Salvador - 31/03/2009
Ói eu cum suneto caipira,
Qui iguar nunca uví dizê.
Facinho, mansinho, sem ira,
Cum as rima que aprendi sem lê.
O linguajá um tanto chulo,
Di quem muito pôco istudô.
Porém, num sô ninhum mulo,
Da vida sô prufessô!
Pra qui palavrão cumpricado
E o suneto tê qui sê ispricado,
Pra mode si cumpriendê?!
Caipirês é a língua falada.
A rima é certa, a iscrita errada.
E a puisia é di facir intendê!